No dia 23 de Março (sexta-feira passada) fiquei com a sensação de que tinham trocado o meu pimpão no colégio. Aquele não era o menino a quem trato por pimpão, não o conhecia... Claro está que não seria em termos físicos que não o reconheceria, mas sim em termos de personalidade. Epá, é que parecia mesmo outro menino! Passo a explicar, mal cheguei ao colégio desatou num berreiro completamente invulgar.
Estranho, talvez tivesse dormido pouco na hora da sesta. Pois acabei por concluir isso mesmo, quando chegámos a casa e começou a fazer birras por tudo e por nada! Hummm, isto é completamente atípico dele. O pimpão-mor chegou e deparou-se com o mesmo cenário, birras e mais birras. Provavelmente estava a precisar de ir para a caminha, no dia seguinte estaria de volta ao normal, pensámos! Pois ora aí é que nos enganámos, foram birras atrás de birras no Sábado e mais umas quantas no Domingo à tarde!
Foi nessa fatídica tarde domingueira que resolvi ir passear com ele até ao jardim da zona, munida de uma bola nova que o papá lhe tinha oferecido de manhã, depois da natação. Como estávamos sozinhos (o Papá tinha ido fazer um workshop de sushi) e a tarde estava espetacular, lá fomos os dois. Bastou sairmos de casa para tudo correr mal. Primeiro porque o pimpão queria que fosse tudo à sua maneira, depois porque pensei em levar o carrinho e a bola, coisas que não conjugam. Depois porque o pimpão queria brincar com a bola antes de chegarmos ao jardim, algo difícil devido à proximidade com a estrada. Umas quantas birritas pelo caminho, mas quando finalmente chegámos, parecia que estávamos num oásis.
Tudo bem até à hora de ir embora e ainda havia que passar pelo supermercado para comprar duas coisitas. Comprar duas coisitas custou-me nada mais nada menos que 45 minutos. Pois até foi engraçado de início, porque andava a correr atrás do meu pimpão, que muito desenvencilhado e independente andava pelos corredores agarrando nalguns produtos que depois voltava a pôr no sítio. Pensei numa estratégia para conseguir fazer as compras sem que houvesses aborrecimentos então fomos até à zona dos cestinhos e dei-lhe um, para que estivesse entretido. Bem, foi hilariante! Pois não é que se agarrou ao seu cestinho com rodinhas, tal e qual um adulto e começa a deambular pelos corredores, a fazer compras. No fim, o seu cestinho já tinha café , um frasco de pimenta moída, um pacote de bolachas escolhidas a dedo (é que investigou mesmo qual a melhor opção), dois iogurtes L.Casei e uma embalagem com meio frango. Estava a ser uma risota até para quem passava por ele no supermercado. Mas isso logo se alterou, quando resolveu que já tinha feito as suas compras e queria pôr-se na alheta, de cestinho na mão. A Mamã tentou explicar-lhe que era preciso pagar e que o cestinho não se podia levar para casa, que não era nosso. Qual quê?! Explicar?! Não dava para explicar nada porque o pimpão começou a berrar desalmadamente e bater com os pés e a enxotar-me! Fiquei atónita, sem saber bem o que fazer, não estou habituada a cenas destas. Bem, lá consegui pagar as compras e saímos, sempre com ele a chorar já ao meu colo. Cá fora, as coisas só pioraram, pois lembrou-se que se estava ao meu colo, conseguia sacudir o pó da minha cara. Bem, que nervos! Só o consegui acalmar com recurso à bola novamente e fomos para casa. Ele já estava noutra, muito divertido e eu com uma grande neura, a pensar o que seria feito do meu pimpão? Este rapaz não podia ser ele, o pimpão meiguinho que faz birras sim, mas não com ataques de fúria deste género. Ai ai... Hoje é 3ª feira e as coisas ontem correram bem, não houve ataques de fúria. Espero bem que tenha sido apenas o fim-de-semana passado!
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