"Chega-se a mãe e voltam os medos todos. Temos os medos que os nossos filhos têm e temos até os medos que os nossos filhos não têm. Temos medo do escuro porque achamos que eles têm medo do escuro. Temos medo dos palhaços se eles começarem, "ó mãe, ó mãe", a chorar, com o nariz vermelho do homem do circo. O meu lindo José tem medo da água? Também eu tenho logo muito medo da água do mar." Maria Inês Almeida. Escritora de livros infantis.
Claro que ser mãe não significa estar em constante sobressalto, com medo de tudo e de nada.
A maior parte do tempo é galhofa, brincadeira, risotas, cócegas, muitos porquês e teorias filosóficas, é alguma disciplina (a suficiente), ler a mesma história vezes sem conta, mudar de história durante umas semanas e voltar à tal história, é beijinhos e abraços, enfim, é óptimo. É espetacular e eu adoro!
Mas, claro que há um sempre um mas...
Mas é verdade que os medos, volta e meia, aparecem. Como mãe protectora que sou, se atacam o meu pimpãozico seja de que forma for, aí viro uma besta quadrada! Pode até ser um míudo pequeno que está com ataques de parvoíce (próprios da idade) e eu passo-me. Os instintos mais profundos tomam conta do meu ser e começo a rugir! AAARGGGH!
Porém, a par desta reacção desmedida, mas dificilmente controlável, assalta-me um outro medo. O medo do meu pimpãozico ser de tal forma doce e meiguinho que não se defenda perante os rufias que se apresentam na vida dele. O carácter afável, doce, pacífico e bem disposto do pimpãozico é algo que nós, como pais, apreciamos muito. Penso sinceramente que o nosso filhote é boa onda! ´Tá-se bem! Só que gostava que também se conseguisse defender. Espero sinceramente que conforme vá crescendo, mude esta maneira de ser e não seja submisso perante os bullys" de Arroios...
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