sábado, 28 de setembro de 2013

5 de agosto - "Decidi criar gritos dentro de mim."

"Abro a boca e engulo todos os sons que consigo. Depois, não os deixo sair."

6 de agosto
" Tinha gritos fechados no meu peito há tanto tempo, que quando os soltei, saíram corcundas."

12 de agosto
"Fui até às montanhas junto ao mar.
Lá em cima, abri a boca para soltar um grito que tinha ficado esquecido.
Não quis sair. Tive de o expulsar aos berros.
Os gritos quando passam muito tempo presos ficam uma porcaria.
Como os vegetais, no frigorífico."

excerto de "O livro do ano", de Afonso Cruz.

Eu sinto que por vezes há gritos que nem aos berros se libertam, por isso deixo-os sair em silêncio!

domingo, 15 de setembro de 2013

Flash e Dash!

O Pimpãozico até pode ser um "marinheiro" meiguinho, doce e gentil, mas lá por causa disso não deixa de gostar de coisas de Rapaz. Rapaz com letra maíuscula, porque agora anda numa de Flash e Dash, que é mais coisa menos coisa do que desenhos animados com bonecos que fazem corridas de carros telecomandados. Oops, agora está numa de gostar das coisas que eu não aprecio assim tanto. Mas se ele gosta...eu também aprendo a gostar! Vai na volta e ainda fazemos um campeonato de corridas destas em nossa casa! Só precisamos de arranjar os carrinhos ( aiai!).

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

BitterSweet!

Há poucos dias li sobre uma mãe que dizia andar a (re)aprender os medos:

"Chega-se a mãe e voltam os medos todos. Temos os medos que os nossos filhos têm e temos até os medos que os nossos filhos não têm. Temos medo do escuro porque achamos que eles têm medo do escuro. Temos medo dos palhaços se eles começarem, "ó mãe, ó mãe", a chorar, com o nariz vermelho do homem do circo. O meu lindo José tem medo da água? Também eu tenho logo muito medo da água do mar." Maria Inês Almeida. Escritora de livros infantis.

Claro que ser mãe não significa estar em constante sobressalto, com medo de tudo e de nada.



A maior parte do tempo é galhofa, brincadeira, risotas, cócegas, muitos porquês e teorias filosóficas, é alguma disciplina (a suficiente), ler a mesma história vezes sem conta, mudar de história durante umas semanas e voltar à tal história, é beijinhos e abraços, enfim, é óptimo. É espetacular e eu adoro!

Mas, claro que há um sempre um mas...
Mas é verdade que os medos, volta e meia, aparecem. Como mãe protectora que sou, se atacam o meu pimpãozico seja de que forma for, aí viro uma besta quadrada! Pode até ser um míudo pequeno que está com ataques de parvoíce (próprios da idade) e eu passo-me. Os instintos mais profundos tomam conta do meu ser e começo a rugir! AAARGGGH!


Porém, a par desta reacção desmedida, mas dificilmente controlável, assalta-me um outro medo. O medo do meu pimpãozico ser de tal forma doce e meiguinho que não se defenda perante os rufias que se apresentam na vida dele. O carácter afável, doce, pacífico e bem disposto do pimpãozico é algo que nós, como pais, apreciamos muito. Penso sinceramente que o nosso filhote é boa onda! ´Tá-se bem! Só que gostava que também se conseguisse defender. Espero sinceramente que conforme vá crescendo, mude esta maneira de ser e não seja submisso perante os bullys" de Arroios...

terça-feira, 3 de setembro de 2013

A enfrentar o mundo!

Hoje foi o primeiro dia em que o pimpãozico entrou numa escola nova, ciente desse facto. Sabia que já era menino crescido para a escola antiga, que tinha de mudar, só ainda não tinha percebido bem quando.

Hoje foi o dia! E que orgulho!
Vê-lo de mochila às costas, com ares de senhor a atravessar a estrada com todos os cuidados. Deixá-lo entrar na escola sem fitas nem berrarias, só com  aquele ar de assim-assim, como quem acabou de se aperceber de que as férias terminaram.  O coração aperta! Aperta muito só de o ver crescer, mas também traz alegria. Que maravilhoso é crescer mais um pouco todos os dias com o pimpãozico!