sábado, 21 de abril de 2018

Devaneios de cientista

Da mesma saga de devaneios de artista, chega agora devaneios de cientista.

O Jaime é tão curioso, que há algum tempo, enquanto domava a sua "juba" com gel e se observava ao espelho, perguntou-me sem quaisquer introduções ou contexto POR QUE RAZÃO O ESPELHO REFLETE?

WTF? Mas porque é me calham sempre estas perguntas?

Desta feita, após tantas sugestões aquando do dilema das nuvens, resolvi tentar seguir o caminho mais fácil e dar uma resposta que parecendo óbvia, não explica rigorosamente nada.

É simples, respondo. Porque tem um índice de reflexão muito elevado.

Ou seja, ficou na mesma e insatisfeito. Após pesquisar entre diferentes membros da família e ainda sem compreender bem qual a razão, a melhor solução foi "googlar" a sua dúvida.

Na realidade, o espelho é composto por uma camada fina de prata colocado na parte posterior de um vidro. A prata, como todos sabemos, reflete, logo...

... 

logo tem um índice de reflexão muito elevado e...

... que tal irmos ao pavilhão do conhecimento, hein?





Devaneios de artista!


Há dias trouxe um livro novo para a Clara. Chama-se "Eu sou um artista" e é o seu novo livro favorito. Tenho para mim que a personagem principal foi concebida a pensar nela. Devaneios de Salvador Dali estão presentes a toda a hora. É tamanha a criatividade que até o teclado e ecrã do meu estimado Mac, onde escrevo de momento, estão riscados.

O pequeno artista deste livro, ao ver a mãe tão cansada e nervosa, resolve fazer-lhe uma mega obra de arte e intitulá-la de "Ode à minha mãe". Penso que a Clara está ao mesmo nível e também gosta de fazer "odes à sua mãe" diariamente. 

Só nesta semana, tivemos uma performance na cozinha em que a pequena rodopiava sobre pequenos flocos de chocolate (chocapic) espalhados na superfície preta (azulejos da cozinha) salpicados por pequenos apontamentos de prata (folha de alumínio amarfanhada em bolinhas). 




No dia seguinte, tivemos o privilégio de ter uma instalação na casa de banho pequena. Acho que a legenda dizia "sensação de suavidade e hidratação, mesmo em superfícies inanimadas". Isto significa qualquer coisa como gel de banho despejado do frasco em paredes, chão, tampo da sanita, etc. Quando pedimos a explicação para tamanha obra de arte, explicou-nos que afinal só queria lavar o seu bebé, estava sujo!!!!!

Também já nos deparámos com rolos de papel higiénico inteiros enfiado na sanita.

Eu que nem sou míuda de batons, tinha apenas um baton vermelho, tinha. Esse acabou cobrindo toda a sua face, paredes do meu quarto, a cadeira Eames de baloiço e uma arca de lençois.

Cremes da cara ou do corpo, acabam sempre a ser despejados onde quer que seja.

debaixo da cama com creme do corpo


Os pensos rápidos cá em casa não duram três dias, porque são sempre bons acessórios para o outfit do dia.



E nisto prevalece uma ambiguidade de sentimentos, onde tanto nos dá para rir, apreciar, ralhar ou até vontade de chorar. Especialmente, quando são surpresas matinais e temos que nos despachar.

Até onde irá esta sua veia artística?