sábado, 26 de abril de 2014

Tartaruga ninja homemade!

Ontem foi dia de indie junior. Fomos à sessão da manhã e o pimpão-mor resolveu fazer uma prova de fogo ao seu smartphone. Experimentou deixá-lo numa das cadeiras do cinema city campo pequeno, sendo que só se apercebeu disso já a meio da tarde. Assim, venho por este meio comunicar que, os funcionários do cinema guardaram-no e inclusivamente ligaram-me a avisar de que o tinham lá e que estava guardado. Pena foi eu não ter atendido às chamadas, pois também estava no silêncio, devido ao facto de termos ido ao cinema. No entanto, quando nos apercebemos disso realmente, fomos lá e no espaço de 10 min foi devolvido. Por isso aqui deixo um agradecimento sentido aos funcionários do cinema city campo pequeno pela sua honestidade e profissionalismo. E acrescento ainda que também já encontrei por duas ou três vezes telemóveis de outras pessoas e sempre os devolvi, porque penso sempre que gostaria que me fizessem a mim aquilo que eu estou a fazer aos outros. Ora, desta vez isso verificou-se no sentido inverso, fico contente por este continuar a ser o meu lema e ver que há mais gente que também o aplica. Um grande bem-haja ao cinema city campo pequeno e às pessoas que lá trabalham!

Hoje foi dia de feira de lego, também no campo pequeno. Foi um espectáculo ver o pimpãozico assoberbado pelas construções loucas em Lego. Era vê-lo andar de um lado para o outro sem rumo, só a contemplar tudo o que podia. Até que se apercebeu de um espaço cheio de peças de lego disponíveis para construções livres, logo ficou arrebatado, sentou-se no chão e toca de construir! Estivémos lá uma horita, nesta brincadeira e deu para se aperceber que queria ter uma tartaruga-ninja, desse por onde desse. Ai ai! É difícil resistir ao charme de um filhote, mas lá conseguimos. E para o "conquistar", resolvi dizer-lhe que eu própria lhe faria uma mascára de tartaruga ninja, em vez de comprarmos uma que custava 15 euros. Finalmente, anuiu a esta proposta e foi ouro sobre azul. Com este argumento, convencemo-lo a dormir a sesta logo a seguir ao almoço, pois quando acordasse iria ter a máscara à sua espera. E assim foi, enquanto ele dormia, dediquei-me a fazer uma máscara em cartolina e tecido. Ficou feita num instantinho e quando ele acordou já estava à sua espera. Agora desde essa altura que não a larga e já fomos passear de máscara na rua. Gostou tanto que até quer jantar de máscara! Assim, com 90 cêntimos (cartolina verde) e boa-vontade, ficou contente apercebendo-se, mais uma vez, que os pais não lhe podem comprar tudo o que ele quer.


Apertar o cinto!

Ora realmente estamos perante uma geração que mesmo não querendo tem por obrigação apertar o cinto.  Não há volta a dar.

Assim quando decidimos ter filhos, sabemos que o dinheiro não chega para ter uma família numerosa, com toda a qualidade de vida que ambicionamos. É por isso que ao primeiro filho, tanto faz que seja menino ou menina, desejamos apenas que seja saudável. Mas quando encaramos a possibilidade de ter um segundo, já sabemos de antemão que se não acertarmos na nossa vontade de ser rapaz ou rapariga, dificilmente iremos tentar de novo. Porquê?  Porque, pura e simplesmente, não dá. Não há tempo nem guita suficientes para ter tantos filhos em colégios, para poder estar com eles sem estarmos nervosos com as horas, com a alimentação e com a educação que transmitimos. Se com um, sentimos culpa por não conseguirmos fazer tudo como gostávamos,  com dois nem quero imaginar e com três ficamos à beira de uma depressão.

É por isso que a nossa família faz parte da geração dos que têm que acertar à primeira no género dos filhotes que gostariam. Com o nascimento do primogénito,  a segunda tentativa poderia ser para uma menina, caso assim quiséssemos. E acaba por acontecer mesmo, porque não há margem de manobra para erros de cálculo. E digo tudo isto, com conhecimento de causa. Porque vejo cada vez mais famílias assim, o meu irmão e cunhada, a minha colega de trabalho, a amiga da faculdade, o filho de um colega da mãe, a rapariga do café da manhã, etc.

Claro que há excepções,  isto não é matemática e há casos de pessoas que dizem que pretendem um ou outro género de qualquer das formas. O facto verídico é que conheço cada vez mais pais com dois filhos, em que um é rapaz e outro rapariga. Isto é o que se chama de apertar o cinto à natalidade.

23 semanas
 Foto à Carolina Patrocínio, só que com mais roupa! 

sábado, 19 de abril de 2014

Não preciso do dia da mãe...

Porque não há dia em que o pimpãozico não me surpreenda. Ontem fez-me a maior surpresa que qualquer mãe pode receber. Ele é o meu herói de palmo e meio.  Todos os dias me derrete com um ou outro gesto, mas desta vez fiquei tão derretida como manteiga líquida e não amolecida. Este rapaz dá cabo de mim com mimos. Vê-lo apanhar uma flor no jardim, por iniciativa própria,  sem que alguém lhe diga em surdina para ter tal atitude e caminhar de sorriso no rosto na minha direcção para depois a oferecer-me, deixa-me assim a modos que, nas nuvens.


quarta-feira, 9 de abril de 2014

Sei que não sou...

Não sou trapezista, malabarista ou funâmbulo*,  mas sinto que todos os dias faço acrobacias, atiro ao ar todas as massas e ando sempre num equilíbrio desiquilibrado.

Ser mãe é andar assim na corda bamba da felicidade e de nervos em franja. É gritar que nem uma maluca para logo depois me arrepender. É sentir que só existem incertezas,  para além de uma única certeza, o amor pelos nossos filhos.



*apesar de já ter aspirado a ser

terça-feira, 8 de abril de 2014

Mais espaço de memória...

Nos últimos meses tenho andado a desenvolver uma teoria. Vai ser baptizada de teoria do upgrade automático. E em que consiste essa dita? Ora bem, trata da revolução que uma grávida sofre, mal sabe da novidade.

Começa pelo simples facto de memorizar o dia em que soube que estava grávida, para imediatamente depois tentar contabilizar o dia em que o bebé foi concebido e finalmente,  no espaço de escassos minutos, fazer uma pesquisa pela net para determinar a data provável de nascimento.  Ora isto quer dizer, que assim de uma só assentada, memorizou 3 datas. E a verdade é que isto não pára!

Segue-se um turbilhão de acontecimentos, que provocam a memorização automática de números que supostamente significam algo. Para além das datas, vem também à baila os percentis,  os gramas, os kg,  os cm, os valores das análises sanguíneas,  as contagens de movimentos,  etc. Chega a ser impressionante como é que uma mulher que acaba de ter um filho, tem a capacidade de dizer a todo o mundo a que horas, minutos e segundos ele nasceu, com quantos kg, quantos cms de comprimento e cms de perímetro da cabeça, quantas vezes já mamou e durante quanto tempo. É impressionante o facto de uma mulher esquecer as horas passadas em trabalho de parto para dar espaço a todos esses números, elementos que parecem vitais para o bem-estar emocional.

Assim, por favor, percebam que na cabeça de uma mulher é preciso não a aborrecer com coisas inúteis, fúteis ou sem jeito, por que por favor há que criar espaço de disco para outras coisas muito mais importantes!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

GRande ou GRávida? - parte 2

Ora, para quem ainda insiste em aborrecer-me com o tamanho da minha barriguita, tenho a dizer que encontrei isto que traduz exactamente aquilo que já tinha dito anteriormente...

Estou grávida pela segunda vez, ok? ( e também não tenho tempo para andar sempre no ginásio!) Deixem o tamanho da minha barriga em paz, pode ser?

A forma da barriga está relacionada com a elasticidade dos músculos abdominais. Se os músculos – como os de uma mãe já com filhos – já estão distendidos, mais facilmente se esticam e, o contrário acontece com as primíparas, cujos músculos estão menos flexíveis. Outra questão relacionada com a forma da barriga, é a estrutura óssea da mulher. Se esta é mais corpulenta, notar-se-á menos a barriga, o que não acontece com uma mulher mais magra. 

Ou isso ou então estou magra!!!! Ah ah ah

sexta-feira, 4 de abril de 2014

GRande ou GRávida?

Já andava esquecida de que uma mulher GRávida não é apenas uma mulher...

É alvo de interesse por parte de conhecidos, amigos, família, transeuntes e quem mais houver por aí a cirandar. Isto não acontece apenas por um desejo premente de satisfazer a curiosidade ou fazer conversa fiada, mas também por vontade de "cagar a bela laracha" sobre vida alheia.

Tudo começa com a simples perguntinha da praxe, saber se é menino ou menina. A resposta mais completa consiste em explicar que na eco das 12 semanas, o palpite da médica pendia para a menina, mas que só iríamos poder realmente confirmar na eco das 22 semanas. Visto que esta eco não será feita às 22, mas sim às 23 semanas, devido a incompatibilidade de horários, só no dia 24 de abril saberemos o sexo do bebé. Ufa! Isto cansa! (E eu já ando tão cansada com o dia a dia atribulado, que ou mando fazer uma camisola com isto estampado ou faço uma tatuagem na testa.)

Não obstante, após toda esta explicação detalhada sobre o facto de ainda não termos a certeza, ainda há quem pergunte se já sei, sempre que me encontram. Pode ser passado uns dias ou até umas horas, não interessa, desde que satisfaça a vontade do freguês de saber se é menino ou menina. Logo poder mostrar a sabedoria, as verdades absolutas relativamente a cada género.

Segue-se a próxima questão que se prende em saber de quanto tempo estou. Ao que respondo, com toda a delicadeza, que estou de 5 meses (porque dizer quantas semanas não vale, pois só quem está grávido é que entende). Logo sou retribuída com a magnífica expressão / olhar caridoso do ai coitada, de 5 meses e com a barriga desse tamanho, vai certamente ficar enorme, uma bela baleia gigante, uma GRande GRávida! Nessa altura, urge em mim a necessidade de puxar o escarro mais profundo do meu ser, cuspi-lo aos pés da pessoa e indagar se por mero acaso existe algum problema. Assim, ao estilo de bad boy, mas em versão bad pregnant. Porém,  como pessoa civilizada que me considero ser, lá mostro o meu melhor sorriso amarelo e explico que não é o primeiro, mas sim segundo filho, logo isso deve ter certamente alguma influência.

Depois outros há que ainda têm a latente lata de fazer um reparo sobre o desporto que pratico e que o melhor seria ficar de papo para o ar o resto da gravidez. Ahah! Só me faltava esta! Bem me basta fazer aquafitness (versão pomposa de hidroginástica) para não estar parada e ainda acham que o melhor era não fazer nada. Ui, mas isto para não falar que também se dedicam ao nutricionismo, ou melhor, a serem meus nutricionistas pessoais e infalíveis.

Assim caríssimos conhecidos, amigos, família, transeuntes e quem mais houver por aí a cirandar, estou-vos eternamente grata por me esclarecerem  tantas dúvidas que não tinha e por terem sempre uma palavra amiga a dizer. Já sei que GRávida é sinónimo de GRande! Será mera coincidência a palavra começar da mesma forma?


Ao que parece o meu pimpãozico também já percebeu...