sábado, 26 de abril de 2014

Apertar o cinto!

Ora realmente estamos perante uma geração que mesmo não querendo tem por obrigação apertar o cinto.  Não há volta a dar.

Assim quando decidimos ter filhos, sabemos que o dinheiro não chega para ter uma família numerosa, com toda a qualidade de vida que ambicionamos. É por isso que ao primeiro filho, tanto faz que seja menino ou menina, desejamos apenas que seja saudável. Mas quando encaramos a possibilidade de ter um segundo, já sabemos de antemão que se não acertarmos na nossa vontade de ser rapaz ou rapariga, dificilmente iremos tentar de novo. Porquê?  Porque, pura e simplesmente, não dá. Não há tempo nem guita suficientes para ter tantos filhos em colégios, para poder estar com eles sem estarmos nervosos com as horas, com a alimentação e com a educação que transmitimos. Se com um, sentimos culpa por não conseguirmos fazer tudo como gostávamos,  com dois nem quero imaginar e com três ficamos à beira de uma depressão.

É por isso que a nossa família faz parte da geração dos que têm que acertar à primeira no género dos filhotes que gostariam. Com o nascimento do primogénito,  a segunda tentativa poderia ser para uma menina, caso assim quiséssemos. E acaba por acontecer mesmo, porque não há margem de manobra para erros de cálculo. E digo tudo isto, com conhecimento de causa. Porque vejo cada vez mais famílias assim, o meu irmão e cunhada, a minha colega de trabalho, a amiga da faculdade, o filho de um colega da mãe, a rapariga do café da manhã, etc.

Claro que há excepções,  isto não é matemática e há casos de pessoas que dizem que pretendem um ou outro género de qualquer das formas. O facto verídico é que conheço cada vez mais pais com dois filhos, em que um é rapaz e outro rapariga. Isto é o que se chama de apertar o cinto à natalidade.

23 semanas
 Foto à Carolina Patrocínio, só que com mais roupa! 

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