domingo, 19 de janeiro de 2014

Quem não sabe...

...é como quem não vê!
Vou ser honesta, desde que sou mãe do pimpãozico que estar a par das notícias do país e do mundo (como diria o outro) é algo que só acontece quando me esforço bastante para isso. Ou seja, quando estou realmente interessada nos assuntos em debate. Caso contrário, vou-me alheando aos poucos, sem sequer dar muito por isso. No trabalho nunca tive muito aquele hábito de ler mails e notícias logo pela manhã. Há uma certa tendência para deixar-me indisposta o resto do dia e não convém muito. À noite, quando chego a casa, a tv já foi monopolizada pelo pimpãozico até à hora de jantar. Nessa altura, desligamo-la e só a voltamos a ligar depois dele já estar a dormir. Aí já não tenho vontade de me informar, só quero mesmo é ir adormecendo aos bocadinhos de cabeça vazia, ou no máximo, com algumas superficialidades que, por favor, não me tirem o sono. Assim, o que na realidade acaba por acontecer é que quando visitamos a casa dos avós, tenho descargas brutais de informação que me deixam atónita e incrédula.

Daquelas histórias trágicas e que me deixam boquiaberta, é a dos estudantes que morreram na praia do Moinho de Baixo, no Meco. Ainda por cima, por causa de praxes académicas. Ora, eu nunca fui muito a favor de praxes académicas e por mim já se acabava essa tradição que humilha, que chega a pôr em perigo de vida. Mesmo que nem sempre fisicamente, a nível psicológico também deixa marcas aos estudantes que contra sua vontade têm que alinhar. Nunca me hei-de esquecer de um caso relatado por uma estudante da cidade onde nasci e cresci, em Santarém, que levou com bosta no corpo e que afirmou que essa seria uma prática comum das praxes na escola. Como esta, há muitas outras em que os estudantes ficam paraplégicos ou até morrem.

Eu fui às praxes, durante um dia, o primeiro dia. O resto da semana não voltei para ver. Apesar de tudo, bem sei que as praxes em que participei foram inofensivas, apesar de ridículas. Naquele caso, tratava-se mesmo de ridicularizar os caloiros. Tenho estofo para aguentar isso, já levava uma certa bagagem e carapaça para me defender. Mas há quem não tenha e se ressinta com isso. Ou seja, acaba por ser contraproducente, algo que devia criar um entrusamento entre estudantes, criar exactamente o oposto.

Se calhar já chega, não????!!! Arre!



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